sábado, 28 de abril de 2012

Consumo diário tem o poder de definir os rumos do planeta.

Líderes globais, pesquisadores e economistas tentam conciliar a expansão da classe média à necessidade de estabelecer padrões de consumo menos agressivos ao meio ambiente.

 De alimentos a computadores, de maquiagem a automóveis, os produtos que a humanidade consome vêm moldando o planeta. A economia que move o mundo também pode destruí-lo. Para ambientalistas, economistas, cientistas e líderes globais, essa é uma equação complexa sobre a mesa, agravada pela expansão das novas classes médias: como convencer um imenso contingente de novos compradores a abrir mão do conforto, ou pensar antes de consumir, em um cenário de renda reforçada e acesso mais fácil ao crédito?

A forma como o mundo consome e vai consumir nos próximos anos é um dos embates às vésperas da Rio+20. No momento, duas correntes se opõem. Brasil e países emergentes defendem a busca por soluções que não reduzam a inclusão social, que não privem a classe ascendente de bens de que, até o momento, as nações desenvolvidas puderam desfrutar. Na União Europeia, domina a corrente que recomenda duramente a restrição ao uso de recursos naturais, de forma a reduzir o consumo.

Independentemente do grau de envolvimento com a discussão, cada indivíduo economicamente ativo pode interferir decisivamente nos rumos do planeta através de sua forma de decidir. As opções vão desde a escolha de aparelhos que gastam menos energia – nesse caso, também uma opção econômica – à preferência por itens de marcas que respeitem o meio ambiente. O conceito é fácil de entender. O difícil é levar o consumidor a decidir não apenas em função do preço. 

 O relatório O Consumidor Brasileiro e a Sustentabilidade: Atitudes e Comportamentos frente ao Consumo Consciente, Percepções e Expectativas sobre a RSE (responsabilidade social empresarial), feito desde 2000, acompanha a evolução do padrão de consumo brasileiro. A última edição, de 2010, traz a seguinte conclusão: “Nesse contexto de festa do consumo, em especial incorporando segmentos historicamente excluídos ou com limitado acesso ao mercado, é difícil imaginar que os novos consumidores assumam comportamentos conscientes, assim como que maiores parcelas dos antigos consumidores o façam”. 

Matéria da Revista  Veja do dia:22/04/2012.

Elisangela Ferreira - R00011

 

3 comentários:

  1. O acesso a informação é tudo!

    O população só poderá ter consciência para tomar descisões corretas a partir do momento que tiver acesso a informação/estudo. Assim poderá optar por consumo economicamente saudável para o planeta e para o bolso.

    Enquanto houver o descaso com a educação, saúde e segurança, estaremos nadando contra a maré.

    Cristina Alonso / R00016

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  2. Conscientizar o ser humano para uma nova linha de entendimento,será talvez uma das grandes proezas que a Rio+20 terá em mãos.A partir do momento que toda população se opor a certos produtos usados através de recursos naturais,poderemos nos definir como pessoas bem informadas.Uma das formas para alcançar-mos esse conhecimento será através da educação,estimulando a crianças,desde começo da idade escolar a possuir noção de sustentabilidade e promover assim a conscientização e respeito ao meio ambiente.Afinal de contas,eles serão o futuro da humanidade.

    Janete de Souza/R00001

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